Área do Museu Dedicado As Culturas Orientais
Imagem
Chinesa ou Japonesa.
Nada fascina mais um ocidental do que a imagem expressiva de Buda, que para nós, é antes de tudo enigmática, intrigante, misteriosa. Desde a expressão do rosto, a posição das mãos, que constituem-se num conjunto que para nós são um complexo gestual de uma elevação inatingível, pelos os meios que conhecemos e dispomos.
Imagem
Chinesa ou Japonesa
Na índia, Buda é o título dado pelos budistas ao sábio que tenha merecido o Nirvana. Çakyamuni ou Saquiamúni ( O Sábio dos sáquias ) é um nome sob o qual se designa habitualmente o fundador do Budismo, Gautama, personagem histórico, filho do chefe da tribo dos Sáquias e criador de uma nova religião, que se opôs ao Bramanismo no Séc. V a.C. Gautama estabeleceu como princípio, que a renúncia a si mesmo ,era o único meio de o homem se libertar de suas paixões, pois a vida é sofrimento e o sofrimento resulta na paixão. O ideal Budista é conduzir o fiel ao nirvana, ou aniquilamento supremo. O Budismo, que ´passou da Índia à China no Séc. II d.C. e ao Japão no Séc. VI d.C., conta com 500 milhões de adeptos no extremo oriente.
Índia
Imagens do Norte e do Centro da Índia
Se os Ocidentais ficam fascinados diante da imagem inescrutável de Buda, ficamos espantados ao descobrir que grande parte de nossa Herança Oriental veio copiosamente da Índia, bem antes de Vasco da Gama chegar a Calcutá, em 1498, bem antes de Alexandre Magno que lá chegou no Séc. IV a.C. pois nestas terras a História se conta por, longos e proveitosos milênios, que foram gerando e acumulando muita riqueza, farta vida intelectual com progressos na astronomia, matemática, medicina, nas artes como a poesia, literatura música, pintura, escultura e na arquitetura e filosofia, temas que chegaram a nós através de milênios de comercio .Na Índia também se desenvolveram os grandes sistemas religiosos , como os seis sistemas do Bramanismo , as conclusões do Hinduísmo e os ensinos do Budismo. Parece muito não é? Mas é mesmo. Só que não nos apercebemos disso , a riqueza de nossa Herança Oriental, originária da Índia. Carregamos uma estranho sentimento, nós brasileiros, que até devemos nossa descoberta pelos portugueses como consequência da procura do Caminho Para as Índias, que algum dia vamos ter que retomar e completar , o Caminho que nossos antepassados interromperam por aqui. Claro que num sentido figurado, isso representa uma maior ligação e procura com a Índia, seja no plano comercial ou cultural, tudo aquilo que sempre nos atraiu e atrai, na viagem em direção ao Caminho das Índias
Índia
Escultura, norte e centro da Índia.
A Índia porém não é formada por uma simples nação, pois compreende também a União Indiana, o Paquistão, o Butão, o Nepal e Bangla Desh, estas nações, todas por sua vez formadas por muitos povos, ocupam a Península Indú. Nesta vasta área de nosso mundo, durante milênios foram produzidas as mais espantosas obras de arte, entre estas a escultura perfeitas, como demonstra esta peça.
Imagens do Himalaia
Imagens originárias do Tibet, mostrando diversas formas de Bodhisattva.
Bodhisattva da Compaixão
Imagem de bronze laqueado e pintado, ano de 1900, Vietnam ou China.
Este gesto, ou posição, representa um Buddha, de nome Guanyin ,em Chinês, ou Quam Am, em Vietnamita, que permanece com sua mão direita levantada com o polegar e o dedo indicador formando um círculo.
Bodhisattva da Compaixão
Imagem de bronze laqueado e pintado, anode 1900. Veitnam ou China.
O culto do Budismo expandiu-se a partir da Índia para a China e para o Sudeste Asiático a partir do Primeiro Milênio. O Buddha Guanyin está na posição, a Bodhisattva da Compaixão e além da mão direita levantada e os dedos polegar e indicador formando um círculo, tem na mão esquerda a Flor de Lótus, onde o seu talo está mergulhado em uma garrafa ou frasco. A Flor de Lótus nesta posição é o símbolo da cura. Como sabemos a Bodhisattva é uma posição assumida por quem consegue atingir o Buddha em Meditação Transcendental ou Transe.
Altar Organizado de Buddha com diferentes Bodhisattvas
Com o se pode ver, as Bodhisattvas tem papel diferente no entendimento e assimilação das manifestações do Mundo. Por exemplo, o nome Guanyin é uma abreviatura para Guanshiyn, que significa ¨Observando os Sons, ou os Gritos¨do Mundo. O Mito mostra que ele nasceu de um raio de luz emanado pelo olho direito de Amitabha Buddha, o Senhor do Paraíso Oeste. Êste Buddha é geralmente mostrado na parte mais alta da coroa de Guanyin.
Altar Organizado com Buddha em diferentes Bodhisattvas
Altar Organizado com Buddha em diferentes Bodhisattvas
Altar Organizado com Buddha em diferentes Bodhisattvas
Altar Organizado com Buddha em diferentes Bodhisattvas
Altar Organizado com Buddha em diferentes Bodhisattvas
Imagem de Buddha Amitabha, Buddha da Natureza Compassiva
China/ Dinastia Quing, Séc. XIX e Começo do Séc. XX.
Esta imagem representa o Buddha depois da vida e é a expressão da simplicidade da Doutrina da Natureza Compassiva, que é promessa de Salvação para todos os mortais.
Amitabha é sempre mostrado com a mão esquerda em frente ao peito com o polegar tocando-o, num gesto de grande significado professoral e em atitude de ensino, o Vitaka Mudra. A palma da mão direita está voltada para fora e com a mão apontando para baixo, no gesto que significa o propósito da garantir a concessão dos pedidos e desejos, o Varada Muda. Segundo a Doutrina, é através de seu lado direito que chegam as almas destinadas ao Paraíso Oeste.
Imagem de Thara Branca
Tibet/Séc.XVIII. Cobre Dourado.
Thara Branca, a bonita Bidhisttva da Compaixão é a deusa Guradiã do Tibet. Ela é uma das principais figuras femininas do Budismo e que, desde o Séc. VI. d.C. é reverenciada como contrapartida feminina do Bodhisattva Avalokitosvara. Thara nasceu do olho direito de Avalokitosvara na forma de uma lágrima. Ela simboliza o aspecto transcendental do Conhecimento e da Pureza, e é mostrada sentada na integral posição da Flor de Lótus com sua mão direita no gesto de garantir a concessão os pedidos e desejos, o Varada Mudra. A sua mão esquerda originalmente segurava o talo de uma flor de lótus, que agora está faltando na imagem,
Buddha Coroado
Imagem de Burma, hoje conhecida como Myahmar. Originário da cidade de Ava ou da região de Arakan/ Escultura em madeira dourada.
Este Buddha está sentado numa base de várias camadas e vestido com uma grande coroa com franjas dos lados e no topo um alto parafuso chamado de ¨Jambupati¨. Esta peça deve ter sido esculpida em Ava, a capital da maior parte de Burma entre 1342 e 1785 ou também pode ter vindo do nordeste de Burma , da região conhecida como Arakan.
Imagem de Sakyamunni Budda
Tibet, Séc XVIII. Metal, latão dourado e pigmentado.
Esta imagem de Sakyamnni Buddha, mostra ele sentado num Trono de Lótus com sua mão direita na posiç~´ao do ¨Chamando a Terra para o Testemunho¨ ou Bumis Para Mudra, que expressa a iluminação que ocorre em Bodhgaya na Índia.
Os principais promotores da religião Tibetana pertenciam a grandes monastérios ou a rica nobreza que assim empregavam artistas, pintores, escultores e artesãos para produzirem peças para os rituais públicos ou devoções particulares. É interessante notar que existe uma outra escultura em latão dentro desta escultura .
Imagem de Buddha Coroado no Estilo Ava
Burma, hoje Myanmar. Séc. XVII e XVIII. Alabastro, com traços de laca, e dourado.
No Séc. XVII as imagens de Buddha eram algumas vezes embelezadas com adereços usados em privilégios reais, incluindo uma coroa com grandes franjas laterais, colar com peitoral, grandes brincos, braceletes anéis e farta joalheria.
Isto é conhecido como ¨Jambupati¨ ou Trajes Reais. A coroa e as joias enfatiza Buddha como soberano universal, levando uma analogia visual entre a consagração do Budismo e a Coroação de um Rei.
O alabastro para a escultura destas imagens é retirado de jazidas ao norte de Manslay e são populares em parte porque o Budismo em Burma equipara o aspecto translúcido do alabastro com a pureza religiosa.
Imagem de Buddha em Pé.
Laos, Séc. XVIII. Madeira dourada.
O Buddha em pé está na posição de ¨Chamamento Pela Chuva¨. As mãos são postas ao lado num estilo simétrico, com os dedos apontando para o chão. O manto com as pontas reviradas para os lados. A chama, no alto da cabeça, é um arremate e estende-se a partir das protuberâncias do crâneo. A imagem foi dourada inúmeras vezes.
Thanka Com Cenas da Vida de Tsong Khapa
Thanka ou Pintura em Pergaminho, Tibet. Séc XVIII. Guache em Algodão.
As imagens de Tsong Khapa é uma das mais populares na iconografia tibetana. É olhada como uma emanação do Mangusri, ou Bodhisattava da Sabedoria do Discernimento e o Livro. Suas mãos estão em Dharmacakra ou a Mudra do ¨Giro da Roda¨. As cenas em torno mostram instruções religiosas.
O Budismo foi introduzido no Tibet em torno de Séc. VII. O chapéu amarelo ou a Seita Gelupka foi fundada pelo teólogo reverenciado Tseng Khapa(1357 a 1419). Este importante reformador espiritual do Budismo tibetano implantou três grandes monastérios Gelupka perto de Lhasa: Gandau, Depung e Sera. No verso da thanka tem uma bem conhecida oração para Tsong Khapa.
Robe Tibetano
Roda de Rezar
Tibete
Kalsang Dawa
Tibete
Cultura Guerreira, O Samurai
A elite militar dominou a política, a economia e a sociedade japonesa entre o Séc. XII ao XIX. Conhecidos como Bushi ou Samurai, eram excelentes arqueiros, espadachins e cavaleiros. A armadura Samurai evoluiu assim como o estilo de guerra mudou. O Samurai usava uma espada curta e uma longa, usadas juntas durante a batalha.
Cultura Guerreira, O Samurai
O Zen Budismo foi introduzido no Japão vindo da China e atendeu o Samurai com a força mental. Também, através da China foi introduzida a Cerimônia do Chá, um elevado e organizado ritual de natureza estética, executado de acordo com regras estritas, incluindo especificações para os utensílios usados, os quais inspiravam os Samurais antes da batalha e o relaxamento após.
Durante o período de Paz do Edo( 1603 a 1868 )o Samurai usava seu tempo com outras atividades como a pintura, caligrafia e cerâmica. Eles apreciavam uma forma de teatro conhecido como Noh, porque os temas apresentados refletiam a história do Samurai.
Motocicleta Javanesa
Motocicleta Javanesa
Motocicleta Javanesa
Imagem Chinesa
Bastidores da Ópera Chinesa
Diante de nós estão duas fantasias e bonecos de madeira que poderiam ser usados em curtos rituais na Ópera. Na história, a Senhora dos Céus apresenta seu filho, criando a expectativa de boa fortuna. Ela é representada nesta peça mostrando o amor entre um Professor e um mulher, sendo esta na verdade um deusa Imortal. Sua fantasia pode se transformar rapidamente movendo-se os painéis frontais, revelando assim sua natureza sobrenatural!
Bastidores da Ópera Chinesa
Aqui temos uma visão dos bastidores do Teatro da Ópera Cantonesa em 1920, quando então fantasias históricas e seus acessórios eram feitos no Sul da China. Os baús vermelho especiais eram importantes para transporta-los demonstrando assim a riqueza da Trupe. Os atores adoravam seus deuses patronos antes de suas apresentações.
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