sábado, 5 de abril de 2014

Vancouver-Museum of Anthropology IV-European Ceramic Galery

                       Visita a Galeria de Cerâmica Européia
Faiança Haban
A louça Haban era a louça produzida pelas comunidades religiosas conhecidas como Anabatistas. Os Anabatistas tornaram-se famosos com a rebelião concentrada em Münster em 1524, liderados por Thomas Münzer e João de Leyde.  Porém foram esmagados pelos príncipes protestantes alemães e então, enfraquecidos, tiveram que escolher outras áreas para residirem e prosperarem.
Este jarro é de 1782, produzido por uma comunidade Anabatista na Eslováquia
                                      
Faiança Haban
Até o ano de 1700 as comunidades Anabatistas da Europa Central, viviam afastados, diferenciando-se pela raça e religião da população local. Viviam também uma existência contraditória: Individualmente trabalhavam em comunidade sem propriedades particulares e fabricavam produtos manufaturados e louças luxuosas , os quais desaprovavam, para a nobreza. 
Detalhe do jarro de 1782, da Eslováquia produzido pela comunidade anabatista, verificando-se as pinturas vitrificadas produzidas de uma forma apressada.
 
 
                                    
faiança Haban
Antes dos anos de 1700 as comunidades anabatistas produziam desenhos simples e controlados, mas pouco a pouco a decoração de seus trabalhos tornaram-se elaborados, refletindo as preferências da nobreza.
Detalhe do jarro de 1782, da Eslováquia, mostrando um desenho apressado e enviesado
Faiança Haban
No começo de 1700 os pintores anabatistas tornaram-se livre da disciplina da tradição e puderam usar suas habilidades para produzirem louças pintadas com desenhos que eram uma mistura de convenção e fantasia.
Detalhe do vaso de 1782, da Eslováquia com desenho apressado e enviesado.

Faiança Haban
 A partir do ano de 1800  as louças vitrificadas das comunidades Anabatistas não mais eram promovidas pela nobreza e por isso as técnicas e estilos dos artesões anabatistas haviam passado para um padrão geral de preferência do mercado comprador, que era mais voltado para os temas inspirados pelas louças de mesa francesas.
Jarro de 1697, encontrado na Eslováquia, com elaborado e disciplinado desenho. Nesta época os artesãos anabatistas seguiam rigidamente os conceitos comunitários e eram promovidos seriamente pela nobreza da Europa Central.
Faiança Haban
Detalhe do jarro de 1697, da Eslováquia demonstrando elaborado e disciplinado desenho de acordo com as normas da comunidade anabatistas e os padrões exigidos pela nobreza que promoviam o produto destas comunidades.
Faiança Haban
Em 1669, uma série de invasões turcas devastaram muitas comunidades Anabatistas. Assim os seus remanescentes mandaram emissários para a Holanda a procura de ajuda. Eles retornaram não só com ajuda financeira, como também, novos padrões e figuras, bem como o azul holandês e a técnica da louça fina e vitrificada da cerâmica da holandesa Delft.
 
Faiança Haban
No mesmo período os Anabatistas relaxaram algumas de suas mais severas restrições e permitiram iniciativas pessoais na arte da decoração. Começaram a retratar pássaros e animas das fábulas populares, como raposas. lebres e veados.
                                    
Faiança Haban
Cisterna, 1 612, Eslováquia. Garrafa, 1 698. Eslováquia.
 
Anabatistas na Ucrânia
Garrafa do final do Séc. XVIII, de Vishenka, Ucrânia.Os Anabatistas foram uma seita religiosa não conformista e rejeitaram os ensinamentos da Igreja Católica e da Protestante. Por isso foram pressionados para mudarem constantemente de lugar.
Esta garrafa foi produzida em Vishenka, perto de Kiev, na Ucrânia, onde um grupo de Anabatistas encontrou refúgio. Ali, entre 1770 a 1801 produziu grande quantidade de cerâmica. Esta garrafa por sua vez, deve ter sido encomendada aos Anabatistas, que não usariam alguma coisa tão elaborada.
No Séc. XIX, muitos Anabatistas emigraram para a Dakota do Sul e Alberta,nos EUA, onde passaram a ser conhecidos como Hutteristas. No curso destas mudanças suas habilidades foram completamente esquecidas.
Faiança do Séc XIX
Vaso do Começo de Séc.XIX, da Europa Central. A cerâmica leve e vitrificada conhecida como Louça Majólica e ou a Louça Delft, chegou ao seu auge em popularidade na Europa Central no Séc. XVIII. Seu padrão conquistou a preferência para a muito  desejada e cara porcelana oferecida, o que ajudou a manter uma grande fatia do mercado durante também o Séc. XIX.
Faiança do Séc XIX
Louça Majólica.Armação de Parede em louça Majólica de 1786. Berna ou Wintertur, na Suíça.
                                            
Faiança do Séc XIX
Imagem, Séc XIX, Eslováquia.
 
Faiança do Séc. XIX
Cofre Para Medas. Começo do Séc XIX, Eslováquia.
 
                                   
Faiança Holitsch
A fábrica Holitsch foi fundada em 1743 n Hungria, então parte do Império Austro-Húngaro por Francis de Lorraine, consorte da Imperatriz Maria Theresa. O produto da fábrica atendia aos padrões de preferência e do seu uso pela aristocracia em grande parte da Europa central.
Container com tampa.Anos de 1746 a 1827- Cerâmica Holitsch.
Faiança Holitsch
Respondendo a um mercado ávido e seguindo os padrões de produção da fábrica de Strasburgo na França, a fábrica Holitsch produziu marcantes peças de aspecto vivo, imitando pessoas, frutas, animais e legumes.
Pratos de Sal 1746 a 1827-Holitsch.
                                           
Faiança Holitsch
Garrafa em forma de papagaio do final do Séc. XVIII.Holitsch.
 

Faiança Holitsch
Na parte de baixo, Sopeira 1746 a 1800, Holitsch. Na parte de cima, Soupeira, 1760 a 1775, Holitsch.
Faiança Holitsch
Suporte, 1746 a 1800, Holitsch.
Faiança Holitsch
Travessa, 1760, Holitsch.
 
Estufa Azulejada
O uso de estufas provavelmente é originário dos Alpes europeus no final do Séc. XIII. A ideia evoluiu de uma simples lareira com um domo de cerâmica para uma estrutura ornada de uma torre. As lareiras abertas foram substituídas por estufas azulejadas  que se tornaram em elemento artístico adaptado tanto  na arquitetura como na decoração. 
As estufas azulejadas eram construídas  acomodadas nos quartos de palácios e castelos, conventos e monastérios. Seus queimadores foram cimentados nas paredes por trás das quais abriam-se para um corredor ou câmara, de onde os servos podiam manter o fogo abastecidos com madeira sem perturbarem os ocupantes do aposento. 
Estufa Azulejada, 1560 -Cerâmica Vitrificada e Pigmentação em Chumbo. Alemanha ou Europa Central.
 
                                    
Estufa Azulejada( Nível Superior)
As superfícies da estufa eram decoradas com azulejos que retratavam diversos e os mais variados temas. No nível superior da estufa vemos os azulejos retratando o tema Bíblico da Expulsão de Agar.
Agar, como se sabe, é uma personagem do tempo de Abraão. Era uma mulher egípcia, escrava de Sara, esposa de Abraão. Como Sara  fosse estéril, entregou-a Abraão como esposa, conforme os costumes da época. Dela teve Abraão um filho, Ismael. Sentindo-se Sara insegura e enciumada,  fortalecida pelo   nascimento de Isaac, seu filho legítimo, pediu a Abraão que expulsasse Agar. Agar e Ismael foram expulsos para o deserto de Bersabea e  milagrosamente, protegidos por Deus, Agar e seu filho sobreviveram as condições extremamente cruéis do deserto. Ismael cresceu e casou-se com mulher egípcia ( Gen.21,I-21), por isso, os Povos Árabes, que consideram-se descendentes de Ismael,  tem estreito parentesco com os Povos Judeus.
Estufa Azulejada, 1560-Cerâmica Vitrificada e Pigmentação em Chumbo. Alemanha ou Europa Central
Estufa Azulejada ( Segundo Nível )
Esta parte intermediária da estufa são retratados os 12 Apóstolos.
Estufa Azulejada, 1560-Cerâmica Vitrificada e Pigmentação em Chumbo. Alemanha ou Europa Central. 
 
Estufa Azulejada ( Parte Inferior )
A parte inferior da estufa é decorada com retratos não identificados.
Estufa Azulejada, 1560-Cerâmica Vitrificada e Pigmentação em Chumbo. Alemanha ou Europa Central.
Pinturas Em Majólica
A superfície branca, opaca e absorvente para a posterior vitrificação, era uma tela desafiadora para os pintores de cerâmicas e louças. O imaginário na pintura de peças do Séc. XVI tinha origem em muitas fontes como por exemplo, Flores com os tálamos entrelaçados e padrões de folhas em peças turcas e chinesas.
Prato de 1500. Deruta, Itália.
Pinturas em Majólica
Os temas usados nas pinturas Majólica das porcelanas do Séc. XVI, eram os mais diversos, entre estes havia  os ¨istoriatos¨ ,isto é, pinturas de estórias. Muitas vezes eram copiadas gravuras ou pinturas existentes também escudos de Armas, animais exóticos e virtualmente qualquer fantasia que de uma forma gera eram verdadeiros ¨sussurros dos¨ Clássicos Originais.
Placa do Começo do Séc. XVII. Deruta, Itália.

Pinturas em Majólica
Cerca do ano de 1600, começaram a ser introduzidas e produzidas peças em puro branco, sem as pinturas e que assim substituíam o trabalho intenso de pintar as louças. estas pinturas foram revividas a partir do Séc. XVIII, mas neste tempo a Itália já havia perdido seu papel preponderante no desenvolvimento da louça vitrificada.
Prato, Séc. XVI tardio. Urbino, Itália.

Pinturas em Majólica
A Itália levou a Cerâmica Majólica além de suas fronteiras e em torno de 1600 era conhecida através da Europa. Sua popularidade durou até 1800, quando foi deslocada por duas inovações: A produção mais barata de peças de louça produzidas pela indústria inglesa e a reintrodução da porcelana alemã Meissen.
Prato, Séc. XVI tardio. Deruta, Itália.
Pinturas em Majólica
Na Itália a louça com vitrificação fina, era feita entre os anos de 1250 até 1800. era caracterizada por uma superfície branca vitrificada a qual aplicava-se frequentemente uma pintura colorida. As peças resultantes lembravam proximamente a popular, mas muito mais cara , porcelana Chinesa.
Depósito de Sal, começo do Séc. XVIII. Deruta, Itália.
 
Oficinas Della Robia
Luca della Robia viveu 82 anos e ergueu o trabalho de terracota ao nível de uma grande arte e sua fama ultrapassou a de Donatello.  Quase não existe museu na Europa que  não exiba a ternura de suas Madonas, o azul e o branco alegre  de sua argila pintada. Tem trabalhos seus no Campanário de Giotto em Florença. A Florença do Renascimento do Séc. XV aclamou Luca como um de seus grandes mestres.
Imagem de São João Batista, final do Séc. XV. Oficinas Della Robia. Florenca, Itália.
 Oficina Della Robbia
Luca Della Robia foi o primeiro a reconhecer que a vitrificação fina cobria falhas nas suas peças de terracota e não prejudicava os detalhe da fina escultura. A vitrificação fina d terracota Majálica era feita em Florença, Itália, desde pelo menos o Séc.XV em diante. As mais antigas peças conhecidas eram em azul e branco pintados em vasos de estocagem. estes jarros  se prestavam para estocar produtos farmacêuticos.
Placa, Séc.XVI. Oficinas Della Robia, Florença, Itália.
                                           
Oficinas Della Robia Studios 
Fragmento de Frizo, final do Séc XV. Oficinas Della Robbia
Faiança Originária da Espanha
Prato, Final do Séc. XVI, Valência-Espanha.
Porcelana Oriental( Turquia )
O azul oriental em peças de porcelana branca eram importado para a Itália través de Veneza, a partir do final do Séc. XV em diante.
Prato, final do Séc. XVI e começo do Séc. XVII. Isnik, Turquia.
¨Istoriato¨
Majólica ricamente colorida contando alguma estória da mitologia ou de base religiosa.
¨Istoriato¨
Prato, metade do Séc XVI. Deruta, Itália.
¨Istoriato¨
Prato Moldado, final do Séc. XVI. Urbino, Itália. 
 
                                     
¨Istoriato¨
Pires, metade do Séc. XVIII, Castel Durante ou Castelli, Itália.
¨Istoriato¨
Pires(par do anterior), metade do Séc XVIII. Castel Durante ou Castelli, Itália
¨Istoriato¨
Saleiro, 1579. Castel Durante, Itália.
Faiança Italiana do Séc. XVI
Acima-Baixela Moldada, final do Séc. XVI. Castelli ou Florença, Itália.
Abaixo-Baixela Moldada, metade do Séc XVI. Faenza, Itália.

Faiança Italiana do Séc XVII
Atrás: Prato, 1600. Faenza, Itália
A Frente: Recipiente de mesa para molhos, temperos ou sal. 
Faiança Italiana do Séc. XVI
Vaso Para Estocar, Séc XVI. Faenza, Itália.
Réplicas de Cerâmicas Famosas
Vênus de Willendorf, 23 000 a.C.. Modelada em Willendorf, Áustria da Coleção do Museu.
Faiança Hafnerware
Hafnerware é um termo usado frequentemente para descrever diferentes famílias de cerâmica colorida de chumbo, originárias dos países de língua germânica. É usualmente associada com azulejos e tijoletas usados na decoração de estufas, embora a mesma cerâmica tenha produzido vasos decorativos e pratos.
¨Das Feuer und Traub¨, o Fogo e a uva. A figura central segura uma tocha acesa e está montada em um dragão que expele fogo. A sua direita está um cupido segurando  de uva. No fundo existe um símbolo de Libra, escorpião e o centauro Sagitário, representando os meses de outubro, novembro e dezembro.
Azulejo de Estufa, Séc. XVI, Salzburg Áustria.

Faiança Hafnerwere
Com a técnica de vitrificação fina, a cerâmica ¨faience¨ por outro lado, deu ao artista a oportunidade para pintar contornos e detalhes.
Ajulejo de estufa, metade do Séc XVII. Kohren, Alemanha
Faiança Hafnerwere
Azulejo de estufa, Séc XVI, Alemanha. 
Faiança Hafnerwere
Azulejo de estufa, 1629. Silésia, Alemanha( Agora Polônia )
Faiança Hafnerwere
Muitas das Peças são de uma só cor, monocromáticas, deixando nos contornos da superfície os detalhes da ornamentação molodada para criar a interação entre luz e sombra.
Azulejo de estufa, 1650 . Salburgo , Áustria.
Faiança Hafnerwere
Azulejo de Estufa, 1550 a 1600. Rhineland, Germany. 
Faiança Hafnerwere
Azulejo de Estufa, 1520 a 1530. Nuremberg, Alemanha.
Faiança Hafnerwere
Azulejo de estufa, 1550 a 1600. Tyrol, Áustria.
Faiança Hafnerwere
Azulejo de estufa, 1520 a 1530. Nuremberg, Alemanha. 
Faiança Hafnerwere
Azulejo de estufa, 1540. Áustria ou Alemanha. 

                                      
Fainça Hafnerwere
Imagens, 1750 a 1800. Proskau, Alemanha( Hoje Polônia)
Faiança Hafnerwere
Imagens, 1750. Proskau, Alemanha.( Hoje Polônia)
 
Faiança Hafnerwere
Jarro na Forma de Leão, 1550. Nuremberg, Alemanha.
Faiança Hafnerwere
Jarro na forma de Coruja, Séc. XVIII. Áustria.
 
 
 
 
 
 

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