Visita a Haute Ville de Québec
Terrasse Dufferin
Esta parte da cidade, a Haute Ville, fica no alto de Cap Diamant, um penhasco que é uma defesa natural para a cidade. O Terrasse Dufferin, no topo deste penhasco, estende-se do Chateau Frontenac, até a borda da Cidadela, esta uma magnífica fortificação defensiva erguida inicialmente pelos franceses a partir de 1750.
Place D'Arms
Monumento a Samuel de Champlain( 1567 a 1635 ), fundador da cidade de Québec em 1608, o primeiro povoado europeu do Canadá. O estímulo dos novos habitantes era o comércio de peles e por isso Champlain fez alianças com os índios Algonquins e Hurons e lutou contra os temíveis Iroqueses. Viajou até o centro das terras dos Hurons, hoje o centro da província de Ontário e viu os Grandes Lagos.
Monumento a Samuel de Champlain
Figuras gloriosas no monumento. A que mais se destaca é a divindade Fama com a trombeta. Fama era uma divindade alegórica, mensageira de Júpiter, portanto anunciando a realização da vontade daquela potestade. Não é para menos, pois os franceses que acompanharam Champlain estabeleceram povoados duradouros ao longo do vale do rio São Lourenço e assim construíram a Nova França, que no seu auge se estendeu para o sul da baia de Hudson até Nova Orleans, na Louisiana no Vale de rio Mississipi-Missouri e da Terra Nova, a oeste quase até as Montanhas Rochosas. Não é por nada que ao perder este imenso território a população canadense de origem francesa repete em seus monumentos uma frase pertinaz; ¨Je me Souvien¨, Eu me Lembro.
Monumento a Samuel de Champlain
Em 1612 Champlain se tornou o primeiro chefe de governo do Canadá Francês. Seus esforços também ajudaram a criar o clima religioso que permitiu aos jesuítas estabelecerem missões por todo o país. No entanto, os ingleses acusam Champlain de ter lançado as sementes da discórdia entre as duas grandes nações, as mesmas que atravessam os séculos até hoje. Para uns pobres profanos como nós visitantes, fica difícil julgar, mas a história de Samuel Champlain desperta muita admiração.
Place d'Arms
A esquerda da praça embandeirada fica a fachada do Hotel Château Frontenac, e era o lugar preferido para o desfile de soldados franceses. No centro da praça tem o¨Monument de la Foi, para comemorar o tricentenário da chegada dos missionários católicos recoletos, a ordem reformada de São Francisco, em 1615.
Hotel Château Frontenac
Um imenso e destacado prédio construído no alto da Haute Ville, com suas paredes vermelhas e torres de aspecto medieval com telhados de cobre. É um hotel de luxo que oferece um conforto acima de suas destacadas cinco estrelas, e é conhecido com Castelo no Rochedo e sua portentosa fachada reflete bem o luxo interior. Pode-se inclusive adivinhar o belo cenário que os hóspedes podem desfrutar através de cada uma destas janelas externas.
Hotel Château Frontenac
O Hotel foi construído no Séc. XIX pela Canadian Pacific Railway, sendo o arquiteto o norte-americano Bruce Price, cujo projeto ostenta inúmeras torres de aspecto medieval com telhados de cobre, muito inclinados e inúmeros nichos de águas-furtadas.
Hotel Château Frontenac
O hotel continuou sua construção por quase um século após sua inauguração em 1893 só sendo concluída em 1983. Hoje o hotel ostenta mais de 600 apartamentos e a sua área social é suntuosa e elegante.
Hotel Château Frontenac
A torre principal do hotel foi acrescentada em 1920, durante este tempo todo o hotel nunca fechou, e atendeu inúmeros hóspedes famosos, entre estes a rainha Elisabeth II, a princesa Grace de Mônaco, Chiang Kai-shek, Charles de Gaule, Ronald Reagan, François Mitterrand, o príncipe Andrew e Alfred Hitchcock. O Château recebeu ainda as Conferências de Québec da Segunda Guerra Mundial, quando o presidente Franklin D. Roosevelt e o primeiro-ministro Winston Churchill planejaram o desembarque na Normandia.
Terrasse Dufferin
Com seus coretos em estilo Art Nouveau, com a bandeira do Canadá no alto. No fundo da foto podemos ver a bandeira do Canadá tremulando no alto da Cidadela, até onde chega este terraço.
Funiculaire
O funicular permite o acesso do alto do Terrasse Dufferin até a Cidade Baixa ou a Basse Ville. Esta é a estação superior, sendo que a inferior permite ao visitante o acesso a Rue de Petit-Champlain, uma das mais famosas, típicas e alvoroçadas ruas do centro histórico de Québec.
Terrasse Dufferin
E seus inúmeros coretos ao longo da borda do passeio.
Terrasse Dufferin
E a entrada para a escadaria Frontenac, que liga o Terrasse Dufferin a rua Cote de La Montagne e nos leva diretamente a Place Royale, uma das áreas históricas da cidade mais valorizadas pelos visitantes.
Escadaria Frontenac
Que nos leva diretamente até a Place Royale, na Basse Ville, onde podemos apreciar os prédios históricos flamantes por um excelente trabalho de restauração. Esta escadaria é também conhecida como ¨Escalier Casse-Cou¨, isto é, Escadaria Quebra-Pescoço, sugestivo nome que pode levar as pessoas mais prudentes a dar preferência ao uso do funicular para descer até a Basse Ville.
Vieux-Port de Québec
Entre os rios St.Charles e St. Lawrence fica o Vieux-Port de Québec, um movimentado porto que hoje, ao que parece está bem ocupado principalmente por navios de cruzeiros. O Porto de Montreal, que fica St. Lawrence acima, atraiu boa parte da movimentação portuária de Québec, uma vez que oferece instalações mais completas para carga que vão desde instalações graneleiras para grãos e minério e uma grande capacidade de armazenamento.
Vieux-Port de Québec
Do outro lado do rio St.Lawrence, em frente ao Vieux-Port, fica a cidade de Lévis.
Vieux-Port de Québec
Em frente ao porto, no meio do amplo rio St.Lawrence podemos assistir a prática do iatismo, muito apreciado por aqui.
Vieux-Port de Québec
Vista do porto na direção do Riviére St.-Charles e da Bassin Louise, como podemos ver, com inúmeros navios de cruzeiros atracados.
Vieux-Port de Québec
O rio St.Lawrence é amplamente navegável nesta parte o que leva a uma acentuado movimentação de navios. Este é apenas um trecho da fantástica Hidrovia do rio São Lourenço que começa no golfo de São Lourenço na costa atlântica, percorre o rio São Lourenço e os canais que ligam esta via aos lagos Ontário e Erie, depois os Lagos Huron e Superior até a cidade de Duluth, na ponta oeste do Lago Superior, percorrendo um total de 3 700 km o que faz com que seja considerada a mais longa hidrovia do mundo dentro de um continente.
Vieux-Port de Québec
Nesta extensa hidrovia mais de 60% da carga transportada cruza o Oceano Atlântico vindo ou indo para a Europa, Oriente Médio e África, com um tráfego largamente diversificado onde enormes cargueiros de cereais viajam ao lado de navios de turismo e barcos de lazer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário